15.6.12

Estratégia - Quando é hora de mudar

Normalmente ao nos relacionarmos com as pessoas, costumamos utilizamos algum tipo de política pessoal para que os relacionamentos interpessoais sejam bem-sucedidos, seja a política de boa vizinhança, do " dar o que merece", ou ainda " tratar como se é tratado".
Porém muitas vezes nos vemos em situações nas quais precisamos rever esta mesma estratégia de convivência, geralmente em função de um bem maior, seja para você mesmo, seja para alguém que você ama.
Dito isso, não é espanto algum quando você se vê em algum momento da sua vida numa encruzilhada, na qual é visível a necessidade de uma mudança de rumo no caminho que vem sido trilhado até então.
Neste momento surgem diversas dúvidas, como se vale a pena, e como fazer.
A minha parca sabedoria ao longo desses meus 37 anos me mostraram que: se for para melhorar, FAÇA!
Mesmo que doa, que pareça estranho, ou que você se sinta um tanto quanto desconfortável no início, acredite: ao longo do tempo você sentirá a mudança positiva e se sentirá grato por ter tido a coragem de fazê-lo.
Não tenha medo de mudar!
Tenha sim, medo de não pensar nunca em fazê-lo, ou de não ter a coragem para tal!
Não tenha vergonha, mesmo sendo alvo de críticas ou opiniões negativas. Se você determinar qual é o melhor caminho, vá lá e faça!
Sua vida agradece.

11.6.12

A letra R




Felizes são os poetas, que conseguem traduzir em palavra o sentimento, sem perder a pureza.
Felizes daqueles que se entregam de verdade, pois só assim serão livres.
Não sou dessas que se apaixonam a primeira vista. Amor pra mim é como um prato raro que tem q ser degustado aos poucos, para que se possa sentir todas as nuances. É muito importante pra mim, pra ser tratado como mero fast-food.
Me apaixono pelo conjunto, não basta ser isso ou aquilo, tem q ter conteúdo também. E não é de primeira, eu preciso conhecer, conversar, me sentir à vontade. Tem q me encantar de alguma forma, senão nem rola o 2o encontro.
Tem q ser inteligente, divertido e ter aquele "brilho nos olhos" , tão difícil de achar hoje em dia, em tempos de embalagens vazias.
Quantas vezes eu achei q era cristal, e não era nem plástico?
Quantas vezes já arranquei meu coração do peito pra dar pra alguém e essa pessoa simplesmente jogou fora?
A gente sofre, sangra, sente uma dor horrorosa, mas descobre que no fim sobrevive. Sempre.
Sentimento bom é aquele q te derruba e você mem viu. Te deu um yppon e já finalizou, e vc ainda tá se perguntando: o que aconteceu?
O sentimento verdadeiro é exagerado, já dizia Cazuza, porque os amantes pecam pelo exagero: em tudo. Nas palavras, nos beijos, nas posições.
Os amantes compreendem todos os sentimentos extremos, raiva, fúria, tesão, desejo, tristeza, euforia, pq há um pouco de tudo isso no que eles sentem.
Eu já estava descrente de tudo, achando o mundo cruel e frio, vivendo a minha vidinha conformadamente, quando esbarrei em você.
Além das características supracitadas, você fez uma coisa surpreendente: você me fez rir. De verdade. Não um riso qualquer, mas aquele que estava escondido lá no fundo da alma, como aquele batom no fundo da bolsa que você esqueceu e quando reencontra fica feliz porque lembra o quanto gostava dele. E descobre q ele ainda existe.
Você também me deu algo que a muito tempo eu não sei o que significava num relacionamento: você me deu paz.
E me salvou da minha própria insanidade.
Se hoje eu sou uma mulher mais feliz, com certeza devo isso à você. E não é por obrigação ou orgulho, mas sim porque você teve a paciência de descobrir a mulher que estava por trás de tantas histórias.
A cada dia que passa me apaixono mais, por tudo, seu cheiro, sua voz, até pelo seu jeito de se preocupar comigo e de mostrar o que você sente por mim.
Queria poder expressar de uma forma adequada tudo o que eu sinto, até porque está se tornando uma coisa que eu preciso falar. Preciso mostrar. Gritar pro mundo.
Sua ausência dói, e a sua presença me incomoda, pois não consigo ficar longe.
Descobri que isso me pegou de jeito.
Descobri que isso tem um nome.
Descobri que é amor.

6.4.12

Erro

Tudo estaria bem se já não fosse o fato de estar escrevendo sobre algo que eu já sei que é um erro.
Nós.
Como assim?
Simples.
Estamos condenados.
Não damos certo juntos, mas ao mesmo tempo existe uma gravidade cruel que nos mantém sempre perto um do outro. Um desejo mórbido de esbarrar com o outro na esquina.
E pior: nós gostamos disso.
Piadinha sem-graça do destino.
A gente sabe q não serve pro outro, que vai dar tudo errado, que a gente não funciona nessa rotina sarcástica de casalzinho, no entanto quando nos encontramos somos transformados em reféns dessa química explosiva, e basta um toque para que a gente se entregue ao vício de degustar a essência do outro, se perdendo no calor do corpo e na perfeição do encaixe, como dois atores que encenam a mesma peça a anos. Nada de palavras, explicações, desculpas, só um roteiro conhecido, suas mãos me apertando e tirando toda a roupa do caminho, e eu fazendo o mesmo, até culminar com a sua língua quente dentro da minha boca enquanto você me invade.
Sexo urgente, espontâneo, visceral.
Sim, sentimos falta da voz, do cheiro, do calor do corpo, da simples presença pra poder ter com quem implicar, e quando nos encontramos, nos damos conta pela enésima vez do que já estamos cansados de saber: não dá certo.
Não podemos ficar juntos, pq o desejo sempre desanda pro conflito, todos dois pavio-curto, sabe como é, mais de 24h juntos é briga na certa, no entanto o encaixe dos corpos é perfeito, e a gente se devora sem pena. E sem remorso.
E mesmo assim não damos certo juntos.
Seu jeito de moleque me irrita e me faz pensar "porra, que que tô fazendo?" assim como eu sei que o meu jeito esnobe e aristocrata também te irrita.
Entao me explica porque eu te quero tanto. E eu vejo nos seus olhos a mesma maldição. E o mesmo desejo.
Por quê que ao fechar os olhos me pego pensando na gente, naquela cumplicidade besta e idiota de um sorriso, no calor molhado de um beijo que eu sei que não deveria dar nem desejar?
Mas que diabos!
Queria poder me livrar dessa dependência, me curar desse vício com algum remédio mágico, esquecer que você existe, ficar imune a essa química perversa, mas simplesmente não consigo. E não quero.
Como aquela afta que sara se você parar de passar a língua, mas não se consegue.
Eu quero você como o drogado deseja a droga, sabe que vai fazer mal, mas mesmo assim quer. Desesperadamente.
Sinceramente.
De corpo e alma.
Não sei como me livrar disso.
Não sei nem como terminar este texto.