14.2.11

Here we go again...

Bom, não bastasse Janeiro ter sido cruel, Fevereiro também está sendo sinistro. No dia 08 de Fevereiro, exatamente às 22:41, Tuca me deixou. Para sempre. Depois de sofrer muito aliás, já que o prognóstico dela era péssimo. Eu prometi a ela que não a deixaria sozinha na veterinária, e foi exatamente o que eu fiz. Foi sofrido, mas fiquei com ela até a hora da partida. No dia seguinte, a casa estava completamente vazia, tipo, nada de rabinho balançando, nem latidos, nem nada. Só o silencio ensurdecedor, e o miadinho rouco da Diana, a única sobrevivente depois de tudo (é, o Kami foi diagnosticado com Leucemia felina e acabou morrendo, no inicio de fevereiro também).

As férias acabaram, a vida voltou ao normal (ou quase), apesar de toda a turbulência. Nem preciso relatar o quanto estou triste, e está sendo duro acordar todas as manhãs sem a Tuca. Nunca me senti tão sozinha.
No mais a vida segue, dolorosamente. As coisas parecem andar mais lentamente, nao sei se sou eu ou se realmente as coisas estão mais devagar. O relogio parece andar um minuto e voltar dois. A vida tem se arrastado ultimamente como pode, depois de tanto baque. Eu ainda estou me recuperando, mas a tristeza é algo imensurável neste momento, já que perdi uma grande amiga. Nao consigo pisar no chão sem achar q ela pode estar nos meus pés, ou deixar algum farelinho de comida cair no chão sem pensar que ela pode vir rapidamente e comer. Sinto uma falta danada dela. Dói quando eu lembro dela me observando, ou simplesmente deitada me fazendo companhia, e a vontade de chorar é inevitável. Daria tudo pra ter ela de volta.
Por isso posto aqui a carta que escrevi para ela, no momento em que ela estava morrendo.

"Meu coração está partido. Uma grande amiga está indo embora deste mundo. Obrigado por todas as coisas, as ditas e as não ditas. Você sempre será especial. Uma amiga guerreira, companheira, incansável e benevolente. Alguém que sempre sofreu junto, mas calada. Vou sentir falta do seu latido escandaloso e do seu rabo abanando quando eu chegava em casa. Da sua cabeça virando de ladinho quando eu falava com você, e das orelhas que se mexiam. Dos dias q eu ficava deprimida e vc se juntava a mim, ficando caladinha. Uma guerreira que lutou ate o fim, querendo ficar em pe mesmo qdo o corpo não respondia mais. Por tudo que deveríamos ter feito, e não fizemos. Por tudo que deveríamos ter dito, e não dissemos. Eu só tenho q te agradecer, por ter me deixado uma pessoa melhor, e por ter podido te amar e fazer o meu melhor com vc. Espero que algum dia a gente se reencontre, e q a gente possa se reconhecer como grandes amigas, que um dia já fomos. Sua lealdade e companheirismo são inesquecíveis. Assim como o seu jeitinho se sempre me perdoar qdo eu brigava com vc. E eu sempre me arrependia. Descanse em paz, querida, e que Deus te proteja e te guie. Sempre."