18.7.05

Intimista (ou Meu Mundinho Anatômico-Erótico)





Olá, baby!
Você por aqui...
Estou de olho no seu conteúdo e no seu
recheio que maltrata a visão.

Chegue mais perto,baby!
Não tenho nada contagioso,
só o desejo louco de
englobar você como
uma ameba lunática.

Não tenha medo,baby!
Eu não mordo...muito...
Sou vacinada contra
raiva, ódio e ciúme.
Sou vira-lata, porém adestrada
Ando meio amansada pela
vida, mas continuo feroz na
ação e no sentimento.
E até posso aprender
truques novos, se você topar
fazer festinha.


Me torture,baby!
com essa sua cara de
quem não está nem aí mas
mesmo assim quer
pagar pra ver e
chegar no limite

Me abrace,baby!
Vamos brincar de
ganhar e perder calor, como
físicos devotos.

Me beije, baby!
Sinta o meu gosto e a minha
alma ao afago na sua
boca na minha.
Tua língua é o
veneno anti-monotonia da m
inha madrugada.

Não chore,baby
O mundo não vai acabar,
foi só um raio de
tesão cortante que acabou de cair.

Não se iluda,baby
Essa minha carinha de
boneca de porcelana esconde uma
vampira mórbida, que
suga toda vida em nome do
amor que sinto.

Até mais, baby
Afinal...
Apesar de tudo, ainda conseguimos fazer um
poeminha Anatômico-Erótico.


"O Ministério da Saúde adverte: A visão anatômica da autora se encontra afetada pela sua "mente de esgoto", o que pode explicar algumas linhas (ou não) do presente poeminha.
Provavelmente um efeito colateral das muitas horas passadas no hospital..."